ESTUDANTE
DE DIREITO E VENDEDOR
Um estudante de Direito
precisava ter rendimentos extras visando pagar as diversões dos finais de
semana.
Faculdade cara e mesada
dentro do orçamento, a solução foi conciliar estudos e trabalho.
O estudante deu início à profissão
de vendedor de enciclopédias. E assim procedeu do terceiro ao sexto período,
até que iniciou o programa de estágio.
Nas férias de julho, do
quinto para o sexto período na Faculdade, o estudante viajou para Brasília, com
o objetivo de buscar um mercado diferente e promissor.
O estudante, na época,
conhecia um funcionário do Banco Central do Brasil e foi visitá-lo,
apresentando o material que vendia.
Não vendeu, despediu de seu
amigo e, enquanto estava se dirigindo ao elevador, teve a ideia de apresentar
as enciclopédias a outros funcionários do BACEN.
De andar a andar o estudante
pedia licença, perguntava se as pessoas tinham filhos em idade escolar e
apresentava seu trabalho.
Depois de cumprir seu
trabalho em três andares, foi interceptado por um segurança do BACEN, que
educadamente perguntou ao estudante se ele tinha autorização para trabalhar
naquele local.
O estudante respondeu de
imediato, “tenho sim”.
O segurança perguntou, “de
quem”?
O estudante respondeu com a
cabeça erguida e peito estufado, “estou autorizado a trabalhar pelo Ministro do
Trabalho”.
E o segurança, “pelo
Ministro do Trabalho”? E perguntou se poderia ver a autorização.
O estudante abriu sua pasta,
que pesava bem uns 6kg, e, de lá, retirou sua Carteira de Trabalho,
apresentando-a ao segurança, que sorriu demoradamente, mas disse que
infelizmente não seria possível que o estudante continuasse a fazer suas vendas
no BACEN.
O estudante agradeceu ao segurança, mas, antes de sair,
tentou fazer sua última venda no BACEN, para ele mesmo. Não conseguiu; no
entanto, foi um bom dia de trabalho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário