terça-feira, 27 de junho de 2017

Causo: Estudante de Direito e Vendedor

ESTUDANTE DE DIREITO E VENDEDOR

Um estudante de Direito precisava ter rendimentos extras visando pagar as diversões dos finais de semana.
Faculdade cara e mesada dentro do orçamento, a solução foi conciliar estudos e trabalho.
O estudante deu início à profissão de vendedor de enciclopédias. E assim procedeu do terceiro ao sexto período, até que iniciou o programa de estágio.
Nas férias de julho, do quinto para o sexto período na Faculdade, o estudante viajou para Brasília, com o objetivo de buscar um mercado diferente e promissor.
O estudante, na época, conhecia um funcionário do Banco Central do Brasil e foi visitá-lo, apresentando o material que vendia.
Não vendeu, despediu de seu amigo e, enquanto estava se dirigindo ao elevador, teve a ideia de apresentar as enciclopédias a outros funcionários do BACEN.
De andar a andar o estudante pedia licença, perguntava se as pessoas tinham filhos em idade escolar e apresentava seu trabalho.
Depois de cumprir seu trabalho em três andares, foi interceptado por um segurança do BACEN, que educadamente perguntou ao estudante se ele tinha autorização para trabalhar naquele local.
O estudante respondeu de imediato, “tenho sim”.
O segurança perguntou, “de quem”?
O estudante respondeu com a cabeça erguida e peito estufado, “estou autorizado a trabalhar pelo Ministro do Trabalho”.
E o segurança, “pelo Ministro do Trabalho”? E perguntou se poderia ver a autorização.
O estudante abriu sua pasta, que pesava bem uns 6kg, e, de lá, retirou sua Carteira de Trabalho, apresentando-a ao segurança, que sorriu demoradamente, mas disse que infelizmente não seria possível que o estudante continuasse a fazer suas vendas no BACEN.

O estudante agradeceu ao segurança, mas, antes de sair, tentou fazer sua última venda no BACEN, para ele mesmo. Não conseguiu; no entanto, foi um bom dia de trabalho.

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